Se houve um tempo em que o processo de aprendizagem da leitura e escrita estava atrelado a frases sem sentido hoje a necessidade do dominio do código verbal é superada pelas NTIC´S que utilizam diferentes formas de manifestação da linguagem. Sendo assim
delete o antigo método e dê um
up nas turmas de alfabetização. De que forma? Utilizando as NTIC´s como aliada no processo de alfabetização, tanto de crianças como de jovens e adultos. Quer saber como? Então vamos navegar por este tema.
Reportagem publicada na
Folha.Com afirma que crianças com apenas dois anos já usam o computador em escolas. Inicialmente em períodos mais curtos e depois passam a ter uma aula semanal. O conteúdo aplicado nos laboratórios de informática complementa o que é aprendido em sala de aula. Se eles estão aprendendo as cores, por exemplo, os instrutores reforçam a aprendizagem contextualizando o tema através de jogos e brincadeiras no computador.
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Seguindo essa tendência os editores de texto são utilizados como auxiliares no ensino da leitura e da escrita, além de Softwares e sites infantis que atraem as crianças através das cores, músicas e interatividade que oferecem, familiarizando assim as crianças com o mundo da leitura.
Cláudia Tricate, diretora da Escola de Educação Infantil Mágico de Oz, de São Paulo destaca que as atividades não substituem outros recursos essenciais na alfabetização, como a leitura de livros e a prática da escrita.
"É apenas um complemento", diz.
Quando se trata de jovens e adultos o desafio parece ser maior. Se já é difícil para uma pessoa na fase adulta ser alfabetizada imagine utilizando o computador como recurso pedagógico? As dificuldades não são só pelo recurso pedagógico em si, mas também pelo fato de que o adulto tem uma imagem muito mais tradicional da escola do que os educadores hoje gostariam que ela fosse e para introduzir novos métodos neste segmento é necessário um trabalho de convencimento, onde o aluno compreende que também pode aprender com outros recursos.
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Mas para a psicolinguista argentina
Emília Ferreiro as NTIC´s trouxeram mudanças importantes, isso se levarmos em consideração
“que o conceito de alfabetização não é fixo, mas uma construção histórica que muda conforme se alteram as exigências sociais e as tecnologias de produção de texto”. Ela afirma que muitos adultos que dedicaram parte de sua vida a trabalhos manuais pesados terão mais entusiasmo para aprender se utilizarem outros tipos de instrumentos técnicos que não sejam apenas o lápis e o papel.
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A pedagoga
Sandra Medrano colocou em prática o uso do computador em sala de aula com alunos adultos, foi feito um vídeo das aulas e usado no Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), do MEC. Ela observou que
“realizando uma atividade de escrita no editor de texto do computador os alunos pensam sobre o que vão escrever e quais a letras que utilizarão, o computador funciona também como sinalizador dando indícios das palavras que estão escritas erradas. A possibilidade de lidar com o computador mostra que os alunos ficam muito envolvidos, eles querem escrever outras coisas, mudar a fonte e o tamanho das letras, gostam de escrever e imprimir o que escreveram e mostrar para outras pessoas o que eles escreveram. Isso faz com que eles tenham um envolvimento muito grande com ato da escrita.”
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Os benefícios do uso do computador podem ser tão grandes que a professora
Lea Fagundes, precursora do uso da informática em sala de aula no Brasil, afirma que
“as questão dos baixos índices de alfabetização e de letramento, por exemplo, tem como solução para melhorá-los levar os alunos a sentir o poder de se comunicar rapidamente em grandes distâncias, ter ideias, expressá-las como autores e publicar seus escritos no mundo virtual.”
Portanto é possível fazer sim fazer uso das NTIC´s com turmas de alfabetização e de EJA também. Mas pra isso “precisamos de professores que ao tentar introduzir as NTIC´s não seja mais um professor que dê aula, não é mais a sua sala de aula, são os espaços de convívio da escola, onde o professor adapta os recursos inovando e transformando sua prática pedagógica”, afirma Lea Fagundes.
Referências para esta pesquisa:
Revista Nova Escola
Revista Crescer
Folha.Com
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